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ENDLESS PLACE

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

FERNANDA TAKAI E LÚCIA HIRATSUKA ABREM O SALÃO DE IDÉIAS



Na vida, elas percorreram caminhos diferentes, mas suas origens se coincidem. Hoje, se encontraram para falar sobre os novos trabalhos, regidos por um toque oriental.


Lúcia Hiratsuka, escritora e ilustradora, disse que suas inspirações partiram todas de lembranças. “Da minha infância guardo muitas recordações que transfiro para o livro com um toque de ficção”, diz.

Segundo ela, acontecimentos familiares diversos ganham vida em seus livros. O que é o caso de Histórias Tecidas em Seda, a nova obra da escritora, lançada pela editora Cortez.

“Na época da segunda guerra mundial, lembro de meus pais enterrando uma caixa repleta de livros japoneses. Não podíamos ler em outra língua no Brasil. Essa cena eu descrevo em um determinado momento em minha obra”.

Fernanda Takai, escritora e vocalista do grupo Pato Fu, diz que por enquanto se sente mais confortável se descrevendo como musicista. No encontro ela falar de sua experiência com a escrita, que deu origem ao livro Nunca Subestime uma Mulherzinha da editora Panda Books.

A vocalista, neta de japoneses, diz que se encanta a cada dia mais com a cultura japonesa, que diz influenciá-la a todo instante. “Estou aprendendo a falar o idioma, e irei pela terceira vez ao Japão”, comenta Fernanda.

Sua obra com prefácio escrito por Zélia Duncan é uma reunião das crônicas que ela escreve há três anos para os jornais Correio Braziliense e Estado de Minas.

“Falo sobre os variados acontecimentos do meu cotidiano. Além de mãe e dona-de-casa, canto em uma banda que viaja por todo o Brasil e exterior”, afirma.

A autora tem história. O título do livro vem de uma crônica que redigiu sobre Clarice Lispector, escritora que se destacou durante algum tempo em colunas femininas de jornais e usava o pseudônimo de Tereza Quadros.

Isso porque todos achavam que uma escritora consagrada não devia falar sobre assuntos leves e fúteis, como moda e beleza, por exemplo. “Eram textos ótimos e com um senso de humor bem peculiar. Muitos não sabiam que eram de Clarice”, admira. Fernanda fala sobre o preconceito que ainda existe contra as mulheres, descreve momentos da própria vida e cria outros que poderiam se encaixar no dia de qualquer uma.

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