sexta-feira, 29 de agosto de 2008
LITERATURA INDÍGENA É DISCUTIDA NO FAZER LITERÁRIO
O escritor Daniel Munduruku foi um dos convidados do projeto do Sesc São Paulo neste segundo dia da Bienal do Livro.
Nativo dos Mundurukus, Daniel levou ao público o olhar indígena sobre a sociedade, além de contar um pouco da história do índio no Brasil e esclarecer dados sobre sua nação.
“As pessoas tem um conceito errado, muitas vezes até repassado nas escolas, sobre a origem e a cultura do índio. O papel da literatura de gênero vem justamente tentar ajustar essa imagem”, comentou.
Segundo ele, todas essas mudanças que ocorrem no mundo, aliadas à tecnologia, e a permanência desse pensamento sobre os nativos geram uma crise de identidade entre os indígenas.
“O povo indígena teve que se adaptar à sociedade, mas todos os dias se impõe e se organiza para manter a sua cultura, respeito e conhecimento adequado”, explicou.
Daniel propôs ainda ao público que descobrisse qual o único dos 27 Estados brasileiros que não tem a presença de uma nação de índios. Em meio a várias tentativas, Munduruku respondeu que era o Estado do Piauí.
“Muitas pessoas pensam logo em alguma região do sul, mas não sabem que lá tem uma das maiores comunidades indígenas”, comentou.
Daniel é formado em Filosofia e mestrando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo. Foi professor da rede estadual e particular de ensino e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo.
O autor esteve na Europa diversas vezes como convidado em conferências sobre a cultura indígena e ministrou oficinas culturais.
É professor da Fundação Peirópolis e autor de Meu avô Apolinário, Coisas de Índio, Histórias de Índio e O Banquete dos Deuses, entre outros.
Daniel coordena na Editora Fundação Peirópolis a Coleção Memórias Ancestrais, série de livros infantis que resgata mitos e lendas das diversas nações indígenas brasileiras.
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