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ENDLESS PLACE

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

NÉLIDA PIÑON DECLARA SEU AMOR PELA LITERATURA

VOCES REALMENTE ACHAM Q ELA PODERIA FALTAR? A MINHA MUSA INSPIRADORA!!! SOU TUA FÃ!



Primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras (ABL), a escritora carioca abriu as atividades do Salão de Idéias Volkswagen com um pouco da sua história e uma série de motivos para amar a narrativa.


“Meu ofício é escrever, narrar e pensar como quem escreve. Acredito que a narrativa preserva a história humana”, comentou a escritora, que deixou a platéia inebriada com seu discurso.

Antes mesmo de se entregar às histórias do primeiro contato com a palavra e da sua vocação de escritora, Nélida fez uma análise da proposta da leitura.

“A linguagem dos livros é coletiva. A tendência é pegar a vida em grupo e fazer uma aparência de uma única narrativa”, explica.

Nélida falou também do seu volume de memórias, Coração andarilho, que será publicado no ano que vem. “Toda memória é alimentada pela invenção”, comentou sobre a execução dos textos da coletânea.

No segundo momento da palestra, a autora de romances como A república dos sonhos e A doce canção de Caetana revelou ao público quando se deu os primeiros contatos com a escrita.

“A minha incursão na literatura foi muito precoce. Naquela época remota eu já queria ser escritora e via os livros como um espírito de aventura”, contou.

Segundo ela, a idéia de poder viajar por vários mundos e universos era o principal atrativo da literatura. “Eu dizia naquela época que eu gostaria de jamais ter dormido sob o mesmo teto. Queria ter dormido em moradas diferentes”, filosofa.

Nélida abriu espaço ainda para sugerir aos jovens uma leitura que, segundo ela, foi esquecida com o tempo. “Eu li quando era jovem um livro do alemão Karl May, um culto autor de Frankfurt do Século XIX. A forma como ele conduz a narrativa e se faz acreditar é impressionante”, conta ela.

De acordo com autora carioca, convencer o leitor e surpreender a sua confiança são os principais papéis de um autor na hora de escrever a sua obra.

A autora

Filha de Lino Piñon Muiños e Olivia Carmen Cuiñas Piñon, espanhóis de origem galega, Nélida formou-se em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior.

Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal.

Estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.

Nélida Piñon é, também, acadêmica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Sua obra já foi traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de 35 anos de atividade literária.

O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Asturias das Letras de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo.

Concorreram a este prêmio escritores de fama mundial, como os norte-americanos Paul Auster e Philip Roth, e o israelense Amos Oz; ao todo, mais de dezesseis países estavam representados no concurso.

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