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ENDLESS PLACE

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

LER OU NÃO LER: EIS A QUESTÃO

Abrindo o Salão de Idéias deste sábado, dia 16, Moacyr Scliar, Mário Sérgio Cortella e Antônio Calloni discutiram esta dúvida e revelaram os segredos que os levaram a gostar de ler.
No encontro, os três grandes ícones do universo dos livros falaram também sobre a importância da leitura para a formação de crianças e jovens. Moacyr Scliar, de Porto Alegre, é médico especialista em saúde pública, e autor de mais de quarenta livros entre ensaios, crônicas, contos e romances. Ele fala sobre a angústia do jovem que é de certa forma, segundo ele, intimidado pelo livro.“O livro é algo recente, existe há apenas 500 anos no País e só tinham acesso à ele pessoas com poder e riqueza, o que acontece também nos dias de hoje”, conta Scliar, que diz ter chegado ao livro por meio do próprio nome, inspirado em um personagem de José Alencar.“Conheci meus primeiros livros pelas mãos de minha mãe. Ela dizia que em casa poderia faltar até comida, mas livros não. Foi assim que o prazer da leitura foi despertado em mim. Digo hoje que o desprazer de ler surge da associação da leitura à obrigação, o que não foi o meu caso”, conta Scliar.O ator e escritor Antônio Calloni disse que sua aproximação com livros aconteceu também quando criança, motivado pelos pais, também fãs de literatura. “Ler me provoca, me estimula à compreensão de algo que não sei dizer exatamente o que é. Vendo meu filho pequeno, que também é fascinado por livros, percebi que a leitura o impulsionou a melhorar seu comportamento e sua relação com as pessoas. Acho que a leitura desenvolve nossa sensibilidade”, revela.O filósofo, educador e escritor Mário Sérgio Cortella, natural de Londrina, contou que sua paixão por livros aconteceu em razão de uma hepatite que contraiu com sete anos.“Como não tínhamos televisão na época, as pessoas me deram livros. Em conseqüência disso, eu, criança, na cama doente, lia Stendhal. Claro que em muitas leituras eu não entendia nada, mas criei um encantamento por outros livros, o que não me deixou mais parar de ler”, diz.

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